Se há coisa que abomino, é o bicho Chico-Esperto.
Gentinha que tenta tirar proveito em qualquer situação, que tudo quer a qualquer preço e custo, mesmo que para isso tiver de pisar nuns quantos.
O problema (depende do ponto de vista, claro está) é que esta sociedade está minada desta praga. E por todo o lado que nos viremos, lá estão eles.
No emprego, na escola, até nas famílias. Nos amigos talvez não, porque temos a sorte de os poder escolher.
Questiono as vantagens obtidas através de esquemas, intrujices e trapaças. Serão mesmo vantajosas, ou a chamada justiça divina, ou o universo encarregar-se-ão de lhes dar o troco? Ou será que não? Será que são estes Chicos, que no final das contas acabam por levar a melhor e passam pela vida sem se aperceber o que é certo ou errado.
E não me venham com a conversa de que não há certo ou errado, em determinados valores, existe sim essa dicotomia.
No fundo, é uma questão de educação. E pelo que vejo nas criancinhas de hoje, prevejo um futuro carregado de chicos espertos.
E sim, a culpa é dos pais.. Sempre.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
O ano que termina
O ano terrivel que termina.
Gostaria de apagar este ano da minha vida, passar directamente para 2025, com excepção das rugas, claro.
É dificil lidar com a perda, quando não se consegue partilhar sentimentos, pensamentos, medos. E é estranha esta sensação de que se não tocar no assunto, ele não existe, mas é uma triste ilusão. Existem sentimentos que se tornam nossas sombras, e que nao me parece que desapareçam com o tempo.
Enfim.. Venha 2025!
Gostaria de apagar este ano da minha vida, passar directamente para 2025, com excepção das rugas, claro.
É dificil lidar com a perda, quando não se consegue partilhar sentimentos, pensamentos, medos. E é estranha esta sensação de que se não tocar no assunto, ele não existe, mas é uma triste ilusão. Existem sentimentos que se tornam nossas sombras, e que nao me parece que desapareçam com o tempo.
Enfim.. Venha 2025!
domingo, 23 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Frémito do Meu Corpo a Procurar-te
Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos,
amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe!
Sinto tua alma Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
Florbela Espanca
Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos,
amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe!
Sinto tua alma Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
Florbela Espanca
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