terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O ano que termina

O ano terrivel que termina.

Gostaria de apagar este ano da minha vida, passar directamente para 2025, com excepção das rugas, claro.

É dificil lidar com a perda, quando não se consegue partilhar sentimentos, pensamentos, medos. E é estranha esta sensação de que se não tocar no assunto, ele não existe, mas é uma triste ilusão. Existem sentimentos que se tornam nossas sombras, e que nao me parece que desapareçam com o tempo.


Enfim.. Venha 2025!

domingo, 23 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Frémito do Meu Corpo a Procurar-te

Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos,
amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,

Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe!
Sinto tua alma Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...


E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...

Florbela Espanca

domingo, 9 de agosto de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009




É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.




domingo, 12 de julho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009



Alguém reconhece?

sexta-feira, 19 de junho de 2009



Um beijo para todos amigos e amigas com quem sei que posso contar.


Provavelmente não agradeço o suficiente, mas os que me conhecem sabem que não sou dada a lamechices..




Beijinhos

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A tristeza ..

O estado de tristeza faz com que nos afastemos, mesmo que sem intenção. Cria-se uma habituação à solidão e ao silêncio, que dificilmente se consegue sair.
Estar só, acaba por se tornar cómodo. Não desenvolver muito, e ficar pelo superficial, é o mais seguro.
E é assim que levo os meus dias, um atrás do outro, à espera que algo aconteça.

Enfim..

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Egoísmo..


Egoísmo (ego + ísmo) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.



Numa sociedade cada vez mais individualista, somos cada vez mais egoístas. A dualidade de um mundo cada vez mais globalizado, e por outro lado mais egoísta, intriga-me.
Se anteriormente, o desconhecimento de outras realidades desculpava-nos da falta de compaixão para com os nossos semelhantes, agora qual é a desculpa? Comodismo, ou preocupações mais mundanas, como arranjar/manter um emprego, pagar a casa, levar e ir buscar os filhos, etc.
Mas se não podemos, ou conseguimos fugir ao egoísmo nos assola, porque não pensar no outro, em pequenos gestos. Começa em casa, no trabalho, com os amigos, enfim no dia-a-dia. Começa por pensar nos outros, e não apenas no Eu..


Um recado..

domingo, 26 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

O silêncio

Estou tão habituada ao silencio, que o prefiro do que a palavras proferidas em vão.
Não é só uma questão de preferência, penso que também seja uma defesa, sobretudo quanto aos sentimentos.

Na maior parte das vezes, não dizer nada significa não assumir os meus próprios sentimentos.
Tenho sempre a sensação de que só depois de ditas, é que as coisas se tornam reais.

Por isso, se simplesmente não falar, não sinto, ou não sinto tanto.

Outra sensação estranha, é aquela em que muitas vezes tenho do que tudo o que se passa à minha volta, não é realmente comigo.
Distancio-me da minha própria existência, e torno-me uma observadora. É estranho e um pouco esquizofrénico, mas enfim..

Deve ser daí que vem toda a minha calma. Isso e umas sessões de compras ..

sexta-feira, 13 de março de 2009

Tranquilidade..


Numa época de muito stress, pressão e problemas, nada como um momento tranquilo, num local que transmite isso mesmo.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ser ou não ser..

Ser ou não ser uma mulher moderna..

Recebi o seguinte email:

“São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje. Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar.
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.

Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de crédito, a Internet! Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!

Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre vamos conquistar o nosso espaço! Que espaço?! Que caraças! Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!!
Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão??? Nosso espaço???!!!
Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz. Essa piada..., acabou por encher-nos de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!! Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos? A quem ocorreu tal ideia?
Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem. Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manha desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro esta, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!! Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira? Basta!!! Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar para quê ter que demonstra-lo a eles?
Ai meu Deus, são 6.10H, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama!
Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky por favor? Ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa. Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais....e idiotas! Estou a falar muito seriamente: ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!! E DIGO MAIS: A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens esfalfarem-se a trabalhar para sustentar a nossa vida boa! Agora somos iguais a eles!”



Devo dizer, que desconfio do autor do mesmo, e desconfio que seja um Homem.
Só um homem, é que não tem ideia do que sofremos durante séculos.
Ficar em casa, concerteza não seria apenas para tratar do jardim, ler um livro ou trazer o wisky para o marido, quando esse chegasse a casa.
Na maior parte dos casos, significava uma vida muito árdua de trabalho no campo, na pesca ou no comércio (desde sempre trabalhámos) , de cuidar dos filhos, das lides domésticas e afins.
Significava não poder viajar sem o consentimento do senhor esposo, não poder votar, não poder sair de casa quando fosse vitima de uns pontapés ou outros gestos de carinho do género, por não ter alternativa.
Significava não poder divorciar-se, por não ser aceite na família ou na sociedade. Significava não existir.


Fico perplexa com estas ideias..

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nunca me esqueças..

Só passei aqui neste espaço catita para recomendar este livro lindíssimo :





















Tem sido a minha companhia no comboio, e confesso que é preferível a ouvir os relatos domésticos dos meus companheiros de viagem.
Por estranho que pareça, não é um romance todo lamechas, daqueles que bem aprecio, mas sim um relato impressionante e verdadeiro .

“Ao longo da narrativa Lesley Pearse faz um retrato do que de melhor e pior existe no Homem. Por um lado a indiferença e a violência a todos os níveis, por outro, e em oposição, a bondade, a entreajuda, a compreensão, a amizade, o companheirismo e a pureza do amor.
É uma obra que nos leva inevitavelmente a reflectir sobre os limites da condição humana... sobre os nossos próprios limites... sobre até onde iríamos por amor à vida e por aqueles que nos fazem realmente viver.”

Escreveria mais qualquer coisa, mas agora tenho de ir acabar de ler o livro, e não consigo parar de o ler. Nem para ver o Cauã na novela!


Um beijo kiducho!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bem, tenho de escrever no blogue não é?

Vou começar só agora em Fevereiro, uma resolução para o ano de 2009. Não é um grande atraaaaaso!
Inscrevi-me no ginásio! Que horror!Já se fazem apostas de quanto tempo vou aguentar, ou quantas vezes irei por semana. Espero surpreender os mais incrédulos.
Devo confessar, que não teve o melhor dos começos. Fiquei especada no balcão mais de meia hora para ser atendida.
Não me queixaria, se tivesse com que entreter a vista, mas infelizmente só passaram por mim uns tiozorros com a dita crise de meia idade.
É engraçado observar esta espécie. Porque andam sempre atrelados com uma loira carregada de maquilhagem e bugigangas, e normalmente existe uma grande diferença de idades. Que sejam felizes assim(já estou a destilar o meu veneno)… deve ser para isso que serve um blogue!
De qualquer das formas, hoje acordei com um certo mau feitio, e com este maravilhoso clima que S. Pedro nos brindou, confesso que piorou dramaticamente ao longo do dia.
O que me animou um pouco, foi o convite da kiducha para irmos ás compras depois do trabalho.

Bem, e para finalizar, informo que já estou saturada do caso Freeport! Haja pachorra!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Muito, muito obrigada!


Quero agradecer a todas as minhas amigas kiduchas, que apesar do meu mau feitio, foram maravilhosas. Nem todas estão na foto.
Um beijo grande a todas!

O nascimento

Olá,

Lembrei-me de criar um blog, numa das fases mais tristes da minha vida.
Será normal? Talvez sim, talvez não.
Vamos ver, se entretanto não me esquecer da password, ou do endereço, ou de outra coisa qualquer.

Bjo